
Adriano Maleiane falava no início do mês na conferência internacional promovida pelo jornal Financial Times, em Maputo.
O ministro deu exemplos de reformas em perspectiva nas contas públicas de Moçambique e referiu que “toda a consolidação fiscal vai exigir dinheiro”. A reforma da folha salarial do Estado e consequentes aposentações exigem um reforço de 300 milhões de dólares para o Instituto Nacional de Previdência Social, “só para atribuir fundos e pagar responsabilidades passadas”, referiu.
Disse ainda serem necessários 305 milhões de dólares para fazer face à dívida acumulada junto do sector empresarial desde 2009. “E se pegar nas empresas públicas e reestruturá-las”, a soma de todos estes processos ascende a mil milhões.
Face às verbas necessárias, “o FMI precisa de estar connosco”, até porque “é o catalisador” do financiamento de outros parceiros, realçou Adriano Maleiane.
A missão que vai chegar a Maputo vai discutir com as autoridades a evolução da economia do país e o processo das dívidas ocultas de dois mil milhões de dólares, que levou à suspensão do programa com o FMI em 2016.
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